Em 2022 o festival SP-Arte, chega à sua 18ª edição. Ao longo de cinco dias, de 6 a 10 de abril, a mostra que reúne galerias, museus, editoras e instituições de arte e design leva mais de 5 mil obras para exposição no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera. O evento é uma oportunidade para apreciadores e colecionadores de arte e de design, além de profissionais do setor e público em geral, conhecerem mais sobre as obras expostas e o fazer artístico, e ainda ficarem por dentro dos lançamentos da área.
Antes e durante o evento, há programações especiais nos circuitos de galerias de arte paulistanas e também em outros locais da cidade que promovem as artes visuais. Uma das novidades da edição deste ano é a participação da Maqmóveis, que apresenta uma linha exclusiva para o evento. Chamada de Parte, a nova linha é assinada pela Novidario, e apresenta assentos e mesas auxiliares que podem se combinar de diferentes maneiras, formando móveis customizados – ou seja, nos diferentes tamanhos e layouts à escolha do cliente. Os módulos ainda permitem a adição de mais pés ou mais assentos, e diversas opções de cores para os assentos estofados e superfícies de laminado melamínico.
“São móveis que atendem desde uma pequena sala de espera até saguões de aeroporto. A possibilidade de combinar diferentes arranjos vai ao encontro da ideia de criarmos ambientes corporativos despojados e colaborativos, que favorecem as relações humanas e as trocas”, diz José Machado, head de design da Novidário. As peças estarão expostas num estande da área dedicada ao design na SP-Arte. Ali, o público pode conferir móveis e objetos de decoração que encerram em si as características de um bom design: inovação, funcionalidade, conforto, beleza, ergonomia, sustentabilidade e características que tornam o produto fácil e agradável de usar.
Mas o que é design?
No Brasil usamos o termo importado da língua inglesa, que por sua vez foi uma tradução do italiano disegno, no século 18, com o início da produção industrial na Inglaterra. Com o aumento da industrialização e a fabricação de produtos em massa, o conceito de design se difunde como a atividade que conhecemos hoje: o aprimoramento dos aspectos funcionais, ergonômicos e estéticos de um produto, para atender com excelência ao consumidor.
Mas foi no século 20 que o design se consolidou e ganhou os contornos modernos que conhecemos até hoje, com a fundação da escola Bauhaus, que funcionou na Alemanha de 1919 a 1933, até ser fechada pelos nazistas. Dirigida pelo arquiteto Walter Gropius, a escola tinha como objetivo criar vínculos entre a arte e a indústria. Em suas aulas, misturavam-se o saber artesanal e o tecnológico – disciplinas como arquitetura, design industrial e pintura integravam a grade curricular junto com marcenaria, tapeçaria e cerâmica. Essa visão interdisciplinar pioneira fez com que a Bauhaus se tornasse um centro criativo e intelectual do design de sua época, influenciando definitivamente o design moderno ao estabelecer como ideal a simplificação de formas e linhas – tanto nos produtos quanto na arquitetura.
A partir desse conceito nascem produtos que se tornaram icônicos, como a poltrona Wassily, assinada pelo designer húngaro Marcel Breuer; e a luminária Bauhaus, criada pelos designers Wilhelm Wagenfeld, alemão, e Carl Jakob Jucker, suíço. Na arquitetura, difundem-se os projetos com linhas retas e materiais industrializados (vidro, metal e concreto), a exemplo do próprio prédio da escola – a segunda sede -, construído em 1926 na cidade de Dessau, na Alemanha. Ainda hoje, a ideia de que produtos tenham sua forma definida pela sua função, com desenho simplificado e funcionalidade é um objetivo buscado pelos designers. Não por acaso, uma das máximas do design – “Menos é mais” – foi cunhada pelo arquiteto alemão Ludwig Mies van der Rohe, que foi parceiro de trabalho de Gropius e diretor da Bauhaus em seus três últimos anos.