Depois do sucesso da presença da Maqmóveis na Flip – Festa Literária Internacional de Paraty de 2022, a empresa renova sua parceria com o evento para a edição deste ano, que acontece de 22 a 26 de novembro na cidade histórica de Paraty (RJ). Para esta participação, a empresa criou dois móveis exclusivos: uma cadeira, que estará na mesa dos autores na tenda principal, e um banco, que será distribuído na praça da matriz.
A cadeira Flip é um projeto que vem sendo desenvolvido desde o ano passado em colaboração com a direção artística da Flip: trata-se de um móvel desmontável com curvaturas ergonômicas no assento e no encosto, que têm base de compensado e estofado revestido de tecido produzido por artesãs de Paraty. “A estrutura é de tubos oblongos, bem robustos, pois a cadeira ficará exposta durante toda a feira e será utilizada pelos autores, então não pode apresentar nenhum tipo de instabilidade”, conta João Santana, gerente de engenharia da Maqmóveis. Embora seja uma peça de certa complexidade no desenho, foi projetada para ser de fácil montagem, de forma que o próprio usuário consiga unir as peças em pouco tempo.
Já o banco Flip teve como premissa a necessidade de resistir às intempéries, uma vez que ficará na praça da cidade, em área descoberta. Como será usado livremente por diferentes usuários, também foi projetado para ter alta durabilidade e robustez: “elegemos a madeira maciça como matéria-prima do assento. Além disso, a estrutura também é de tubos oblongos com dois pés bem reforçados. O acabamento dos tubos, com pintura eletrostática líquida (KTL), oferece maior resistência em ambientes externos”, explica João. Ainda, a superfície do banco tem curvas ergonômicas que conferem maior conforto aos usuários. Ambas peças, tanto a cadeira quanto o banco, devem integrar o catálogo de móveis oferecidos pela Maqmóveis em breve.
Maqmóveis na Flip
Como nas outras edições da festa, serão várias tendas espalhadas pela cidade, onde ocorrerão diversos debates com autores convidados do Brasil e de outros países, além de lançamentos de livros, apresentações artísticas e atividades educativas e lúdicas para crianças. Este ano, o tema da programação principal é “Paisagens de dentro e de fora”, que trará debates especialmente sobre a estigmatização da produção artística e literária, uma vez que vários artistas e escritores (as) já tiveram seus trabalhos tolhidos e até censurados por estarem fora do que é considerado “normal”. “A literatura pode deslindar o movimento para uma travessia de reimaginação do espaço de convivência, no qual a emoção rejeita a censura, seja pelo que for, pelo conteúdo, pelo gênero, pela raça, pela etnia, pela orientação sexual, pela geografia ou pela condição econômica”, diz o site da Flip sobre o tema que norteará o evento.
Em sintonia com essa temática, a autora homenageada será Patrícia Galvão, a Pagu, multiartista que quebrou tabus e não se submeteu às normas. Ela atuou como escritora, cartunista, jornalista, dramaturga, poeta, tradutora e crítica literária. Nascida no interior de São Paulo em 1910, Pagu foi uma mulher totalmente à frente de seu tempo, desafiando padrões na vida pessoal e profissional: foi ativista política pela causa proletária, feminista, integrou o movimento antropofágico de arte, teve vários relacionamentos amorosos e recusou-se a seguir os comportamentos esperados das mulheres de então. Natural então que tenha sido escolhida para representar artistas e escritores que divergem das normas. Não à toa, uma das fases mais conhecidas de Pagu é: “Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos sempre”.
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