Quem já teve que escrever algum trabalho acadêmico ouviu falar obrigatoriamente das normas ABNT. Essa sigla, que vem do nome Associação Brasileira de Normas Técnicas, corresponde a um conjunto de normas estabelecidas no Brasil para padronizar as características de diversos produtos, serviços e até de textos produzidos nas universidades. As normas estipulam regras para que itens de diferentes segmentos atendam a padrões de qualidade que não só facilitam o uso e a organização (no caso de textos e documentos, por exemplo), mas também tornam os produtos mais seguros e ideais para utilização. E o que isso tem a ver com móveis escolares? Tudo! Pois com a volta às aulas nada mais natural que os pais questionem se as escolas dos filhos têm espaços e mobiliário adequados e seguros para as crianças e jovens.
Curiosidades sobre os móveis escolares
Portanto, o que você talvez não sabia, é que as normas da ABNT também foram pensadas para ambientes escolares, já que elas estabelecem, por exemplo, as dimensões e formatos ideais para os móveis, nas diferentes faixas etárias dos usuários. Assim, a NBR 14006 é norma que trata das medidas e configuração do conjunto de mesa e cadeira dos alunos para que elas sejam ergonômicas, ou seja, proporcionem conforto e postura adequados às crianças e jovens, da pré-escola até a universidade.
Ainda, essa mesma norma determina cores para cada conjunto de mesa e cadeira ideais para oito diferentes faixas de estatura. Para os pequenos com altura de 80 a 85 cm, por exemplo, a cor do conjunto é branca. De 93 cm a 1,16 m, a cor é laranja. As crianças de 1,08 a 1,21 m usam cadeiras e mesas na cor lilás. Conforme aumenta a altura, há mais cinco padrões de cores para os móveis, que incluem amarelo, vermelho, verde, azul e marrom.
Para atender aos estudantes com necessidades especiais, a ABNT também criou a norma NBR 9050, que determina medidas e meios que permitam o acesso a edificações, o mobiliário ideal e os equipamentos acessíveis e seguros. “Esta norma visa proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura das edificações, do mobiliário, e de equipamentos urbanos à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção. Os móveis, por exemplo, são idealizados para biótipos e necessidades diferentes dos usuários”, detalha Fabricio D. Antonio, especialista em gestão da produção industrial, que atua no ramo moveleiro há dez anos, e está à frente do Departamento de Qualidade da Maqmóveis.
Por fim, vale saber também que existem dois tipos de certificação para os produtos em relação às normas: a voluntária e a compulsória. Para alguns itens ou serviços incluídos nas normas da ABNT, as empresas fornecedoras/produtoras podem escolher ou não certificá-los, ou seja, é uma opção voluntária. Neste caso, o produto, processo ou serviço não precisa ser avaliado ou fiscalizado por órgãos como o INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, e a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Já a certificação compulsória é condição obrigatória. É relativa a produtos que podem oferecer riscos à segurança ou à saúde do consumidor, ou ao meio ambiente. Em casos assim, o produto só poderá ser comercializado se devidamente certificado e identificado com o selo de qualidade dos órgãos fiscalizadores competentes. O conjunto de mesa e cadeira para estudantes, por exemplo, é um dos itens que deve atender às normas obrigatoriamente. Assim, todos os conjuntos escolares da Maqmóveis, nas variações ideais para cada faixa de altura e também para alunos com necessidades especiais, são certificados. Mas não só – a empresa também adere às certificações voluntárias existentes para toda sua linha de produtos, o que garante ao consumidor segurança e ergonomia.