Atividades corriqueiras e cotidianas como pegar o transporte público, frequentar a escola, assistir uma peça de teatro ou simplesmente andar pelas calçadas da cidade podem parecer banais para as pessoas sem limitações físicas ou cognitivas, no entanto, muitas vezes são situações difíceis e até impossíveis para pessoas com deficiência.
Com objetivo de diminuir essas dificuldades e promover a igualdade de condições para todos os brasileiros e brasileiras, o governo federal promulgou em 2015 a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que regulamenta direitos de inclusão social e cidadania. Entre os artigos da lei, estão os que garantem assentos para pessoas com deficiência em teatros e cinemas, por exemplo; carros adaptados para cadeirantes, e ambientes projetados com itens de segurança a acessibilidade em hotéis e pousadas.
A instituição dessa lei contribuiu bastante para mudar o cenário da inclusão no Brasil. Mas ainda há muito a ser feito para garantir que os brasileiros e brasileiras com deficiência possam viver plenamente seus direitos de cidadãos. Uma das áreas que ainda se encontra pouco desenvolvida para o acesso dessas pessoas são as páginas e sites da internet. Desde o início dos anos 2000 quando a internet se difundiu de forma massiva, esse ambiente virtual virou sinônimo de entretenimento, pesquisa, trabalho, informação, educação e muito mais.
Durante a pandemia, ficou ainda mais nítida a nossa necessidade e até dependência da web, mas nem todas as pessoas tiveram acesso às facilidades dessa ferramenta. Para se ter uma ideia, o Brasil tem hoje mais de 17 milhões de pessoas com deficiência, mas segundo estudo realizado pelo Movimento Web Para Todos em parceria com o BigData Corp, atualmente menos de 1% dos websites brasileiros estão totalmente acessíveis para essas pessoas. Isso significa que um público que representa mais de 8,4% da população do país está sendo excluído dos ambientes digitais.
Assim, não basta pensar em inclusão apenas no mundo “real”, é preciso também levar a acessibilidade aos ambientes virtuais. É a chamada acessibilidade digital, indispensável para que as pessoas com deficiência possam cumprir suas funções básicas online de forma independente, como realizar compras na internet, se informar sobre as notícias do Brasil e do mundo, se relacionar por meio das redes sociais, estudar, trabalhar etc. “Incluir acessibilidade digital em um site é tão importante quanto um arquiteto planejar elevadores nos prédios para o acesso de pessoas que usam cadeiras de rodas. Por isso, deve ser levada a sério nos processos de construção de sites e na comunicação completa de um negócio ou até mesmo em redes pessoais”, explica texto sobre acessibilidade digital no blog da empresa Hand Talk – especializada em criar ferramentas de acesso para pessoas com deficiência em sites.
Você sabia que o site Maqmóveis é acessível?
A Maqmóveis é uma das empresas que oferece acessibilidade em seu site. Nele, estão disponíveis ferramentas para leitura das páginas em áudio e tradução simultânea em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que permitem o acesso de pessoas surdas e com deficiência visual. Graças à disponibilização dessas ferramentas, a empresa ganhou o selo de Site Amigo do Surdo, parte do movimento que nasceu com a missão de democratizar o acesso à informação na internet.
Para acionar essas ferramentas, é fácil: basta clicar nos ícones que ficam junto à barra lateral direita da página do site. No caso do leitor de site, o ícone é de uma pessoa com ondas sonoras. Uma vez que se clica sobre o ícone, o leitor é ativado, e cada vez que o cursor do computador passar sobre um texto nas páginas, é feita a leitura em áudio do referido texto. Já para ativar o leitor em libras, é preciso clicar no ícone com duas mãozinhas e aguardar que se carregue a janela com um personagem virtual, a Maya, que faz a leitura em libras dos textos do site, também bastando para isso passar o cursor sobre qualquer texto das páginas. Para desativar essa ferramenta, basta clicar em “X” na janela de vídeo. O leitor de site é desativado quando se clica novamente sobre o próprio ícone.
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